Hoje celebramos o Dia Mundial da Saúde. Num contexto geral, será que os desafios enfrentados pelos seres humanos ao cuidarem de sua saúde têm melhorado ou piorado em relação aos cuidados realizados pelos nossos antepassados?!

De fato, os homens e as mulheres modernas, encaram hoje desafios totalmente novos de como lidar com as relações interpessoais que tem como ferramenta principal; os meios de comunicação e as mídias sócias que ganharam espaço junto ao nosso tradicional arroz com feijão brasileiro.

Estamos imersos em uma cultura que supervaloriza o “conceito de felicidade” que pode ser adquirido por meio da vitrine das lojas físicas ou virtuais. A cultura consumista e imediatista promove avanços na tecnologia e em nossa maneira de nos comunicarmos; interagirmos. A acessibilidade ganha mais tempo na vida rotineira. Contamos com aplicativos para comprar comida (“ifood”; “uber eats”; “rappi”); para nos deslocarmos (“99”, “uber”, “blablacar”); os celulares começam a ocupar o dia a dia; eles substituíram as agendas; calendários; aquisição de livros.

O acesso à educação e informação está na palma de nossas mãos. Por exemplo: é possível acessar conteúdos online para estudar para um concurso público; assim como se inscrever em alguma faculdade para realizar o ensino à distancia.

Contudo, ao avançarmos em direção a novas formas de facilitar nossa rotina. Será que a sociedade brasileira tem se conscientizado mais ou menos sobre os dias em que a mente está confusa e vivendo no automático?!; ou como lidar com àqueles dias em que o coração se encontra dolorido por um rompimento amoroso?!; ou àquela tristeza de quando somos demitidos e temos que arrumar outro com urgência?!.

Posso continuar citando vários exemplos em que muitos se encontram ou irão enfrentar durante a vida. E a pergunta que não cala é: como lidar com isso?! O que eu faço?! Com quem eu falo?! Quem poderá de fato me auxiliar?! Como lidar com essa dor?! Afinal de contas, o problema que antes me incomodava “um pouquinho” já passou; já virou passado; e não quero parecer que fico “remoendo sobre o leite derramado” que azedou. É mais “fácil” me convencer de que voltar para o automatismo e continuar seguindo a filosofia do “segue o baile”; “parte pra próxima”; “a fila anda”... a criatividade brasileira para frases que ficam de incentivo são muitas.

E talvez as palavras “dá um tempo”; “para um pouco e respira” acabam caindo em conotação negativa ou usadas em uma frequência bem pequena. Por conta desta nossa cultura que incentiva a produzir e ser efetivo para o comércio de trabalho a todo tempo e a qualquer custo. Contudo, nós não somos máquinas e não estamos com o mesmo humor todos os dias. Deste modo, pode ser que um olhar cuidadoso e compreensível possa abrir espaço durante a semana para renergizar, compreender o que se passou, lidar com os problemas e assim entender a vida e suas atribulações para assim evoluir.

Apesar de hoje estarmos cuidando melhor da nossa saúde mental do que há 50 anos atrás, isto é, hoje em dia as pessoas procuram mais por ajuda, mas muitos não se interessam e levam suas vidas sem consciência, no modo operacional, assim não conseguem lidar com os problemas e conflitos internos.

Por isso, que visitar uma cartomante; astróloga; professor de yoga; thetahealer; aroma terapeuta; terapeuta de florais; psicoterapeuta; sábios lideres religiosos entram nos oferecendo um outro olhar com um pouco mais de calma e paciência ao tratar de temas desafiadores, pois são profissionais especialistas e capacitados.

Pretendo aprofundar mais e continuar tocando em temas mais quentes (que causam desconforto) e delicados como depressão, ansiedade, suicídio a fim de trazer mais luz e conscientização em celebração ao dia mundial da saúde mental.

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Abraços,Texto: Pedro Muarramuassa é psicólogo e parceiro ARKAMATRA.

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