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Celebração de Casamento com base nas Constelações Familiares

Maio é mês do Trabalho, das Mães e também das Noivas! O amor está no ar e essa alegria inspirou-me a falar de um assunto que toca muito meu coração!

Celebração de casamento é algo que sempre me emocionou e muitas vezes me fez verter lágrimas (não por acaso me tornei celebrante de casamento). Segundo o dicionário, celebrar é “realizar (acontecimento ou cerimônia) com solenidade, promover”; é também “acolher com festejos ou com exaltação, comemorar”! Essa solenidade festiva é comemorada por todos os entes queridos, afinal, o dia do casamento é uma celebração à vida!

É celebrar a própria vida porque as bodas contêm uma mensagem implícita transmitida pelos nubentes que, na minha leitura, pode ser traduzida assim: “- Nós acreditamos no amor. Seguimos o propósito universal que é levar a vida adiante. Criar nosso próprio núcleo familiar é uma forma de honrar nossos antepassados e transmitir o nome das nossas famílias.” Passar a vida adiante é ter filhos, claro, mas também pode ser gestacionar e criar algo novo, servir ao mundo em comunhão.

Outro aspecto fascinante no matrimônio é o fato de ser um Rito de Passagem que contém muitos símbolos, por exemplo, a despedida da criança interior. Neste ato o casal coloca-se na força do adulto e põe fim à dependência dos pais para assumir definitivamente a responsabilidade sobre a própria vida. Constituir uma família é algo grande, que traz em si muita força! “Com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades.”, disse o Tio Ben ao Homem Aranha. A isso costumo complementar: “Com grandes responsabilidades, vêm grandes poderes.” Assuma algo grande, abra uma porta, tome uma decisão, dê o primeiro passo e o universo contribuirá.

Ao contrário do que possa parecer, o fim da intervenção dos pais (tanto financeira quanto emocional) torna a relação com eles mais saudável e profícua. O filósofo e constelador estrutural Guillermo Echegaray ensina que “uma boa separação estabelece uma boa conexão”, pois quando os assuntos das pessoas estão misturados, não há como se conectarem de maneira fluida. Por outro lado, quem deixa com os pais o que é deles e traz consigo apenas o que lhe pertence, chega inteiro para compartilhar uma vida a dois. Não precisa projetar no cônjuge a fantasia da “metade da laranja”. Juntos, porém inteiros, podem estabelecer uma relação de troca harmônica e se complementarem no dar e no receber recíprocos.

A celebração do casamento também representa o fim de um ciclo (e início de outro) tal como na Jornada do Heroí, conceito desenvolvido pelo antropólogo Joseph Campbel, tocante à trajetória que percorremos a cada conquista. Na essência, o processo é dividido em três partes: “O Chamado”, quando uma inquietação interior nos faz um convite para viver algo novo; “A Iniciação”, quando passamos por uma prova de vida e conquistamos algo; e “O Retorno”, quando voltamos transformados. O ciclo se reinicia cada vez que nos propomos a movimentar algo: pode ser uma prova de concurso, uma nova profissão, a realização de um sonho, um relacionamento estável. E como numa espiral ascendente, a cada propósito retornamos “para casa” num novo patamar. No matrimônio, a busca pelo par ideal é encerrada e o casal está pronto para tantos outras jornadas heroicas que surgirão: casa, filhos, a própria convivência nos novos papéis.

O filósofo alemão Bert Hellinger, que desenvolveu as Constelações Familiares, diz que o amor entre um homem e uma mulher é a maior realização humana possível: “Nenhum ato humano é mais pesado de consequências, mais cheio de riscos, nem exige de nós tais extremos ou nos faz tão conhecedores, sábios, humanos e grandes do que aquele em que um homem e uma mulher reciprocamente se tomam e se reconhecem com amor.”

E por falar em Bert Hellinger, você já ouviu falar em Celebração de Casamento com base nas Constelações Familiares? É um rito que de alguma maneira traz à consciência um pouco de todos os símbolos falados anteriormente, de uma maneira muito especial, honrando e agradecendo à fonte, aos pais e a todos antepassados.

Casamento e Constelação

Em primeiro lugar, é importante esclarecer o que é Constelação Familiar. Não é uma terapia nem um método. É um serviço à vida, pois beneficia a pacificação dos relacionamentos - conosco mesmos e com as pessoas com quem estamos envolvidos. De maneira especial, nos reconcilia com nossa família, com nossas origens e com nosso destino. O facilitador, munido de um conjunto de conhecimentos aplicados, permite ao cliente descobrir dinâmicas ocultas que podem estar direcionando seus sentimentos, atitudes e decisões, de forma inconsciente.

Embora a palavra Constelação possa lembrar astrologia, nada tem a ver com o tema. “Constelar” foi apenas a maneira que traduziram, a partir do alemão, o termo “posicionar”, considerando que o cliente não é visto como um ente isolado, mas de acordo com seu lugar (ou posição) em relação aos demais membros do sistema.

Bem, não sei quem celebrou o primeiro Casamento Sistêmico (envolvendo o sistema familiar) e talvez seja impossível determinar algo assim, tamanhas força e repercussão dessa filosofia pelo mundo. Também acredito que há muitas formas de fazê-lo, mas aprendi à belíssima maneira da Solange Rolla, profissional que facilita constelações em Belo Horizonte. A partir dos ensinamentos dela, eu trouxe essa prática de forma pioneira à capital do Brasil e entorno.

O primeiro passo é conhecer os noivos e a história deles, e para isso, marco um encontro com ambos. Após, realizo dois atendimentos individuais, um para cada, no qual uso Constelação para possibilitar a liberação de questões (emaranhamentos, no jargão próprio) que possam impedir um relacionamento pleno.

No grande dia, o casal encontra-se liberado de nós do passado. Cada nubente chega mais livre e leve para receber a bênção dos pais e dos antepassados na figura dos representantes familiares ali presentes. Então, conduzo as bênçãos - deve ser um celebrante que tem experiência em Constelações Familiares e que sabe fazer a leitura do ambiente (do campo, segundo o jargão) que é tão único quanto especial.

Segundo um roteiro adaptado a cada casal somado à necessidade do momento - que capto a partir da minha intuição, digo frases que são repetidas pelos noivos entre si, pelos noivos aos pais, e pelos pais aos noivos. São palavras de gratidão, honra, reconhecimento e bênção, que em alguma instância toca a todos ali presentes. Nesse processo sutil de elevação de consciência e cura, muita emoção paira no ar. E fica avisado: os lencinhos no assento, para choro de alegria, são indispensáveis!

Já notaram que fazemos propaganda gratuita daquilo que nos proporciona boas experiências? Um bom livro, uma comida gostosa, uma filosofia que transforma... Como quem conhece algo de bom deseja que tantos outros recebam aquela graça, sonho com um futuro onde mais pessoas poderão iniciar o projeto familiar com o pé direito, agraciadas com essa forma de celebração!

Texto: Adriana Batista -  Experiência Sistêmica l Parceira Arkamatra

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