O Brasil é o país com a maior taxa de pessoas com transtornos de ansiedade no mundo, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS). A estimativa é que 9,3% dos brasileiros têm algum transtorno de ansiedade. Pesam nesse cenário, dizem especialistas, fatores socioeconômicos, como pobreza e desemprego, e ambientais, como o estilo de vida em grandes cidades.
A psicóloga e Sulamita Rosa explica que a ansiedade é considerada uma resposta habitual do ser humano ao meio em que vive e às situações que vivencia. "Do ponto de vista biológico, a ansiedade funciona como função adaptativa, ela faz com que o indivíduo se prepare para situações difíceis. Essa preparação faz com que ele tenha mais chances de êxito ao estudar para uma prova, por exemplo. Levando em consideração essa expectativa, não é uma coisa ruim", fala a psicóloga.
Mas, então, quando devemos nos preocupar? Segundo Sulamita, a ansiedade começa a ser ruim quando essa preocupação passa a ser exacerbada e a gerar vários sintomas na vida da pessoa, atrapalhando a sua qualidade de vida. Ela alerta que devemos observar sintomas como: dificuldade de concentração e para dormir, cansaço, tremores no corpo e compulsão alimentar. "Isso sinaliza para uma ansiedade patológica, sendo nesse momento que devemos procurar ajuda", destaca.
Se preocupar demais com muitas coisas por vários dias pode prejudicar sua saúde física e mental. A psicoterapia, conforme Sulamita, trata a ansiedade ajudando o paciente a focar em preocupações úteis que se pode controlar, além de ressignificar pensamentos negativos, focar nas tarefas, olhar a vida dentro de uma perspectiva mais equilibrada e manejar seus pensamentos. "Além da psicoterapia, a meditação e os exercícios físicos regulares também ajudam no tratamento da ansiedade", recomenda.
Diz pra mim, qual sintoma de ansiedade você sente que tem atrapalhado sua rotina?
Sulamita Rosa é psicóloga, psicanalista e coworker Arkamatra.
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